Construído em cima de uma colina, próximo ao rio Nabão, está o castelo de Tomar, atualmente sede do Convento de Cristo, na cidade de Tomar, Portugal.

Em 1147, D. Afonso I, o primeiro rei de Portugal, cedeu à Ordem dos Templários o Castelo de Ceras e seu território, entre os rios Mondego e Tejo, para mostrar seu apreço e gratidão pelo auxílio prestado na reconsquista de Santarém, tomada por muçulmanos. Esta doação também implicava aos cavalheiros que auxílio na segurança deste ponto estratégico para a defesa da capital do reino português, Coimbra.
Após um ano habitando neste castelo, que estava em grande parte arruinado, o Mestre da Ordem dos Templários em Portugal, D. Gualdim Pais, decidiu pela construção de um novo castelo, desta vez em local que garantisse a complementação da linha defensiva do acesso à Coimbra. Tal fortaleza se chamaria Castelo de Tomar.

Em 1312, a mando do Papa Clemente V, a Ordem dos Templários foi dissolvida, e seu ramo português foi chamado então de Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, que passou a ter a sede no próprio Castelo de Tomar, que agora se chamaria Convento de Cristo. Obras foram feitas para a descaracterização do castelo templário.
Quase 2 séculos após, o rei D. João III desmilitarizou a Ordem, a tornando mais direcionada à prática religiosa. O castelo foi palco de um dos grandes acontecimentos da história de Portugal e Espanha, quando em 1581, lá se reuniu a nobreza portuguesa para reconhecer oficialmente Filipe II de Espanha, como rei também de Portugal, o que seria o início da União Ibérica.
A igreja matriz do castelo também merece destaque, é católica, e foi construída pelos Cavaleiros Templários. A igreja possui uma arquitetura incomum, sendo redonda, o que a deixa ainda mais especial. Esta característica é encontrada nas estruturas redondas em Jerusalém, na Mesquita de Omar e a Igreja do Santo Sepulcro, as quais supostamente foram inspirações para os Templários em sua igreja de Tomar.

Atualmente, o castelo é um é um monumento histórico e cultural, e foi listado como Patrimônio Mundial da UNESCO. O governo local reassumiu a posse do complexo, que hoje possui funções culturais e turísticas, e é possível visitá-lo, realizando também passeios guiados e temáticos.
